domingo, 25 de outubro de 2009

Na minha rua há um menininho doente.
Enquanto os outros partem para a escola,
junto á janela, sonhadoramente,
ele ouve o sapateiro bater sola.

Ouve também o carpinteiro, em frente,
que uma canção napolitana engrola.
E pouco a pouco gradativamente,
o sofrimento que ele tem evola...

Mas nesta rua há um operário triste:
Não canta nada na manhã sonora
E o menino nem sonha que ele existe.

Ele trabalha silenciosamente...
E está compondo este soneto agora,
pra alminha boa do menino doente...

Nenhum comentário: