domingo, 18 de abril de 2010

Morreu de Confusão

Essa é uma história que minha mãe contou.


Morreu de confusão

Foi encontrado no bolso de um suícida (doido que se mata), em Maceió, a seguinte carta:
Sr. Delegado:
Não culpe ninguém pela minha morte. Deixei está vida porque, um dia mais que eu vivesse, acabaria morrendo louco. Explico-lhe, Sr. Delegado: tive a desdita de me casar com uma mulher viúva, a qual tinha uma filha. Se eu soubesse disso, jamais teria me casado. Meu pai, para maior desgraça, era viúvo e quis a fatalidade que ele se enamorasse e casasse com a filha de minha mulher.

Resultou daí que minha mulher tornou-se sogra do meu pai. Minha enteada se tornou minha mãe e meu pai era, ao mesmo tempo, o meu genro. Após algum tempo, minha filha trouxe ao mundo um menino, que veio a ser meu irmão, pórem neto da minha mulher, de maneira que fique sendo avô do meu irmão.

Com o decorrer do tempo, minha mulher também deu a luz aum menino que, como irmão da minha mãe, era cunhado de meu pai e tio de seu filho, passando minha mulher a ser nora de sua própria filha.

Eu, Sr. Delegado, fiquei sendo pai de minha mãe, tornando-se irmão de meu pai e meus filhos, e minha mulher ficou sendo minha avó, já que é mãe da minha mãe. Assim acabei sendo avô de mim mesmo. Portanto, Sr. Delegado, antes que a coisa se complique decide desertar deste mundo.

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